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domingo, 30 de maio de 2010

O Homem: Trabalho e Participação no Quadro Geral do Desenvolvimento Organizacional.



O que diferencia o homem dos outros seres é o seu poder criativo, com o qual ele transforma a natureza e consequentemente, o mundo. Este poder de criação proporcionou o surgimento de um sistema que tornou o trabalho que o homem exercia em uma atividade remunerada, com a qual gera a sua sustentabilidade.

Como o ser humano é um ser sociável, dividimos, portanto nossa força de trabalho com o grupo e com os resultados gerados de produção, lucro, satisfação caracteriza-se como o ponto alvo as relações interpessoais entre o homem-homem e homem-trabalho.

A partir do momento em que o indivíduo se socializa, passando a viver em grupo passa a gerar clima de satisfações e insatisfações diante dos mesmos e no ambiente de trabalho, isto confere questionamento de salários, bem estar, segurança, espaço e auto-realização, na sua organização, que por sua vez tem por obrigação propiciar aos funcionários esses itens que são de extrema relevância para a motivação e melhora da sua qualidade de vida.

Com um clima organizacional favorável, dentro ou fora do ambiente de trabalho, o homem terá assegurada a possibilidade de satisfação naquilo que ele busca como pessoa, como profissional, podendo desfrutar de uma vida saudável estando inserido em vários grupos sociais.

As organizações exercem influência acentuada sobre os estados mentais e emocionais dos indivíduos que as compõem. As instituições podem atuar como ambiente integrador e enriquecedor, agregando experiência e conhecimento ao funcionário ou podem desagregar e manipular as pessoas.

As implicações decorrentes de práticas coercitivas, ou seja, que utilizam do poder e da ameaça para controlar comportamentos causam danos na personalidade e no clima organizacional, gerando manifestações comportamentais inadequadas e inadaptadas, pois gera disfunções emocionais no indivíduo.

A personalidade do dirigente determina seu modo de agir. O imaginário das pessoas em postos de direção faz pressupor a visão do poder. Em que podem ser ativadas suas fantasias acerca da direção de uma organização devido como o medo do fracasso, como lidar com o sucesso, o desejo de ser excepcional, de status, de ser admirado, reconhecido, ou ocorrerem de não querer arriscar-se diante de novas situações, ocasionando lentidão na tomada de decisões e conseqüentemente, insatisfação da equipe. O clima organizacional é, portanto, condicionante da saúde mental de uma organização, dos trabalhadores e das transações mantidas com o ambiente.

Observam-se tendências de relações interpessoais conflitantes em distintos ambientes organizacionais, uma vez que tende a ser determinada pelas respectivas motivações dos indivíduos e de aspectos formais administrativos como: padrões de comunicação, estilo de liderança, padrões de desempenho, que direta ou indiretamente afetam tais relacionamentos e são por eles influenciados.

As interações entre o homem e o trabalho passam pelo desafio das relações que estabeleceram com o mundo, demarcando estágios de desenvolvimento, de sua historia e condicionantes sociais. O autoconhecimento, o resgate da auto-estima aliado ao desenvolvimento da intuição, confirma para o indivíduo perceber-se com condições de poder influenciador, proporcionando a ele melhor desempenho naquilo que se implica em realizar no seu trabalho.

O homem é visto em dois aspectos, como ser social e político. No ser social, são analisadas as múltiplas interações que ele faz parte como: o estado, sociedade, os grupos, a comunidade, família e as relações interpessoais. Com isso, o homem entra em contato com diferentes ambientes, reciclando e redefinindo a mobilização individualista ou grupal, para atender as expectativas das pessoas, da comunicação e em especial no grupo empresarial.

Nos aspectos políticos, o homem realiza movimentos sociais que retratam a mobilização individual ou grupal, atendo às expectativas dos membros da comunicação e em especial, da comunidade empresarial. Com isso, a participação na organização, exercendo sua cidadania, no sentido de poderem compartilhar os objetos e as metas organizacionais, comprometendo-se com tais realidades contando-se também a atuação do indivíduo e o grupo com manifestações na tentativa de atender às suas necessidades, assinalando um grau da manipulação e consequente alienação presentes em muitas situações. Sendo assim, há também pontos positivos para alcançar a graça do homem e a produção.

Muitas empresas adotam a recompensa de participação nos seus lucros, o que gera motivação nos funcionários, visto que ele receberá mediante e proporcionalmente ao seu esforço, podendo se sentir mais valorizado,o que demonstra rendimento mais significativo. A motivação do individuo e as habilidades passam pela liderança e pela dinâmica em grupo, incluído fatores organizacionais, estruturais e sociopolíticos. Os conflitos que eram encarados de forma anormal, passam a ser conflitos que surgem como algo natural e quando os membros da organização conseguem chegar a um equilíbrio após uma situação inesperada, eles aprendem a lidar com diversos tipos de problemas e pessoas de diferentes personalidades, habilidades e histórias.

No conjunto de relações entre indivíduos no ambiente de trabalho, podem ser identificadas características dos indivíduos, grupos ou organizações que tenham estágios diferenciados, sobressaindo diversos caminhos adotados pela organização, quanto ao processo decisório, a centralização e descentralização de poder, delegação de tarefas, marcando o avanço particular da empresa e o grau de amadurecimento administrativo, comportamental, tecnológico e estratégico.

O desenvolvimento organizacional é a mudança para ajustes da missão ou objetivos de dada organização, a fim de obter melhores resultados, é preciso que as organizações adotem ações tais como, a opinião pública, avaliação de personalidade, estilo gerencial, dentre outros. A preocupação com o D.O é a evolução do grupo de trabalho com possibilidades de amadurecimento e fluidez da organização. Esta maneira de ver assinala disfunções globalizantes; os prejuízos que esta ocasionaram são inúmeros e afetam o clima interno e a relação com o mercado. Esse novo caminho evidencia o surgimento do estágio mais avançado da organização e a valorização do homem de forma acentuada.

Os limites e as demarcações burocráticas atuam como bloqueio para o processo de auto desenvolvimento dos indivíduos e das organizações. Ao intervir em organização, podem-se estabelecer parâmetros e critérios extraídos em leitura dos símbolos que possibilitam compreender, de maneira abrangente, o sistema de comunicação organizacional.

À medida que os papeis profissionais foram classificados os trabalhadores, torna-se mais compromissado com o trabalho, com o grupo a quem pertence e com a organização, desmistificando a idéia de facilitação das relações humanas, ou seja, que a democracia nas decisões passa leva a queda da produtividade.

As empresas, portanto, devem evitar esquemas-prontos, que divergem da cultura vigente. Devem, portanto adotar uma forma com que sejam explorados os conhecimentos dos seus membros a partir de suas experiências vividas, o autodiagnóstico, proporcionando a aprendizagem em “duplo–ciclo”, o que agrega benefícios ao funcionário e à empresa num movimento de auto-regulação. E para que isso seja mais eficiente, é importante a troca de informações avaliativas (feedback) ente seus parceiros e entre os níveis hierárquicos da empresa, levando a uma melhor adequação do trabalhador ao seu contexto Organizacional.

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