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domingo, 6 de junho de 2010

Resumo das Teorias:Burocracia, Estruturalista e Neoclássica.





Burocracia


Weber, sociólogo alemão, no inicio do século XX publicou uma bibliografia a respeito das organizações da sua época. Deu-lhe o nome de Burocracia e passou a considerar o século XX como o século das burocracias, pois achava que estas eram as organizações características de uma nova época, plena de novos valores e de novas exigências.

O modelo burocrático de organização surge como uma reação contra a crueldade, o nepotismo e os julgamentos tendenciosos e parcialistas, típicos das práticas administrativas desumanas e injustas do inicio da revolução industrial, como a finalidade de dirigir rigidamente as atividades das empresas com a maior eficiência possível.
A organização burocrática é monocrática e está sustenta no direito de propriedade privada.

Estruturalista

O conceito da estrutura provocou o surgimento do conceito de Gestalt. Com o estruturalismo ocorreu uma preocupação com as “estruturas”, em prejuízo da função o de outros modos de compreender a realidade.

O advento das organizações

As organizações não são recentes. Existem desde os faraós e os imperadores da antiga China.
A igreja elaborou a sua organização ao longo dos séculos, e os exércitos desde a antiguidade desenvolveram formas de organização.

Tipologia das organizações

Não existem duas organizações iguais. Elas são diferentes entre si e apresentam enorme variabilidade. Contudo existem características que permitem classificá-las em classes ou tipos.

Tipologia de Etzioni

Para Etizioni, as organizações possuem as características:

• Divisão do trabalho e atribuição de poder e responsabilidade, de acordo com um plano internacional para a realização de objetivos específicos;
• Centros de poder- Controlam os esforços combinados da organização e os dirigem para os seus objetivos;
• Substituição do pessoal - As pessoas são admitidas, promovidas, demitidas ou substituídas por outras.

Para Blau e Scott

Baseia-se no beneficiário principal, quem se beneficia com a organização. Os benefícios para a parte principal são a essência da existência da organização. A tipologia mostra quatro tipos de participantes que se beneficiam:

1. Os próprios membros da organização;
2. Os proprietários, dirigentes ou acionistas da organização;
3. Os clientes da organização;
4. O público em geral.

A tipologia de Blau e Scott baseada no “cui Bono” (um motivo escondido/quem se beneficia) enfatiza a influência do beneficiário sobre a organização a ponto de condicionar sua estrutura e seus objetivos. Em resumo, a tentativa de conciliação e integração dos conceitos clássicos e humanísticos, a visão crítica do modelo burocrático, a ampliação da abordagem das organizações envolvendo o contexto ambiental e relações inter organizacionais (variáveis externas) além do redimensionamento das variáveis organizacionais internas e do avanço a abordagem sistêmica são aspectos que marcaram a teoria administrativa. Em suma, o estruturalismo representa uma trajetória a abordagem sistêmica.

Neoclássica

O termo teoria neoclássica é, na realidade, um tanto quanto exagerado. Os autores abordados (Peter Drucker, Ernest Dale, Louis Allen, etc.) sem contar os autores da Escola de Administração por objetivos - não se preocupam em se alinhar dentro de uma visão comum. Na verdade, os autores neoclássicos não formam uma escola bem definida, mas um movimento relativamente heterogêneo que recebe denominações como escola operacional ou escola do processo administrativo.

Características:

• Ênfase na prática de Administração;
• Reafirmação dos postulados clássicos;
• Ênfase nos princípios gerais de administração;
• Ênfase nos objetivos e resultados;
• Ecletismo nos conceitos.

A Teoria Neoclássica surgiu da necessidade de utilizar os conceitos válidos e relevantes da Teoria Clássica, expurgando-os dos exageros e distorções típicos do pioneirismo e condensando-os com outros conceitos válidos e oferecidos por outras teorias administrativas mais recentes.

domingo, 30 de maio de 2010

O Homem: Trabalho e Participação no Quadro Geral do Desenvolvimento Organizacional.



O que diferencia o homem dos outros seres é o seu poder criativo, com o qual ele transforma a natureza e consequentemente, o mundo. Este poder de criação proporcionou o surgimento de um sistema que tornou o trabalho que o homem exercia em uma atividade remunerada, com a qual gera a sua sustentabilidade.

Como o ser humano é um ser sociável, dividimos, portanto nossa força de trabalho com o grupo e com os resultados gerados de produção, lucro, satisfação caracteriza-se como o ponto alvo as relações interpessoais entre o homem-homem e homem-trabalho.

A partir do momento em que o indivíduo se socializa, passando a viver em grupo passa a gerar clima de satisfações e insatisfações diante dos mesmos e no ambiente de trabalho, isto confere questionamento de salários, bem estar, segurança, espaço e auto-realização, na sua organização, que por sua vez tem por obrigação propiciar aos funcionários esses itens que são de extrema relevância para a motivação e melhora da sua qualidade de vida.

Com um clima organizacional favorável, dentro ou fora do ambiente de trabalho, o homem terá assegurada a possibilidade de satisfação naquilo que ele busca como pessoa, como profissional, podendo desfrutar de uma vida saudável estando inserido em vários grupos sociais.

As organizações exercem influência acentuada sobre os estados mentais e emocionais dos indivíduos que as compõem. As instituições podem atuar como ambiente integrador e enriquecedor, agregando experiência e conhecimento ao funcionário ou podem desagregar e manipular as pessoas.

As implicações decorrentes de práticas coercitivas, ou seja, que utilizam do poder e da ameaça para controlar comportamentos causam danos na personalidade e no clima organizacional, gerando manifestações comportamentais inadequadas e inadaptadas, pois gera disfunções emocionais no indivíduo.

A personalidade do dirigente determina seu modo de agir. O imaginário das pessoas em postos de direção faz pressupor a visão do poder. Em que podem ser ativadas suas fantasias acerca da direção de uma organização devido como o medo do fracasso, como lidar com o sucesso, o desejo de ser excepcional, de status, de ser admirado, reconhecido, ou ocorrerem de não querer arriscar-se diante de novas situações, ocasionando lentidão na tomada de decisões e conseqüentemente, insatisfação da equipe. O clima organizacional é, portanto, condicionante da saúde mental de uma organização, dos trabalhadores e das transações mantidas com o ambiente.

Observam-se tendências de relações interpessoais conflitantes em distintos ambientes organizacionais, uma vez que tende a ser determinada pelas respectivas motivações dos indivíduos e de aspectos formais administrativos como: padrões de comunicação, estilo de liderança, padrões de desempenho, que direta ou indiretamente afetam tais relacionamentos e são por eles influenciados.

As interações entre o homem e o trabalho passam pelo desafio das relações que estabeleceram com o mundo, demarcando estágios de desenvolvimento, de sua historia e condicionantes sociais. O autoconhecimento, o resgate da auto-estima aliado ao desenvolvimento da intuição, confirma para o indivíduo perceber-se com condições de poder influenciador, proporcionando a ele melhor desempenho naquilo que se implica em realizar no seu trabalho.

O homem é visto em dois aspectos, como ser social e político. No ser social, são analisadas as múltiplas interações que ele faz parte como: o estado, sociedade, os grupos, a comunidade, família e as relações interpessoais. Com isso, o homem entra em contato com diferentes ambientes, reciclando e redefinindo a mobilização individualista ou grupal, para atender as expectativas das pessoas, da comunicação e em especial no grupo empresarial.

Nos aspectos políticos, o homem realiza movimentos sociais que retratam a mobilização individual ou grupal, atendo às expectativas dos membros da comunicação e em especial, da comunidade empresarial. Com isso, a participação na organização, exercendo sua cidadania, no sentido de poderem compartilhar os objetos e as metas organizacionais, comprometendo-se com tais realidades contando-se também a atuação do indivíduo e o grupo com manifestações na tentativa de atender às suas necessidades, assinalando um grau da manipulação e consequente alienação presentes em muitas situações. Sendo assim, há também pontos positivos para alcançar a graça do homem e a produção.

Muitas empresas adotam a recompensa de participação nos seus lucros, o que gera motivação nos funcionários, visto que ele receberá mediante e proporcionalmente ao seu esforço, podendo se sentir mais valorizado,o que demonstra rendimento mais significativo. A motivação do individuo e as habilidades passam pela liderança e pela dinâmica em grupo, incluído fatores organizacionais, estruturais e sociopolíticos. Os conflitos que eram encarados de forma anormal, passam a ser conflitos que surgem como algo natural e quando os membros da organização conseguem chegar a um equilíbrio após uma situação inesperada, eles aprendem a lidar com diversos tipos de problemas e pessoas de diferentes personalidades, habilidades e histórias.

No conjunto de relações entre indivíduos no ambiente de trabalho, podem ser identificadas características dos indivíduos, grupos ou organizações que tenham estágios diferenciados, sobressaindo diversos caminhos adotados pela organização, quanto ao processo decisório, a centralização e descentralização de poder, delegação de tarefas, marcando o avanço particular da empresa e o grau de amadurecimento administrativo, comportamental, tecnológico e estratégico.

O desenvolvimento organizacional é a mudança para ajustes da missão ou objetivos de dada organização, a fim de obter melhores resultados, é preciso que as organizações adotem ações tais como, a opinião pública, avaliação de personalidade, estilo gerencial, dentre outros. A preocupação com o D.O é a evolução do grupo de trabalho com possibilidades de amadurecimento e fluidez da organização. Esta maneira de ver assinala disfunções globalizantes; os prejuízos que esta ocasionaram são inúmeros e afetam o clima interno e a relação com o mercado. Esse novo caminho evidencia o surgimento do estágio mais avançado da organização e a valorização do homem de forma acentuada.

Os limites e as demarcações burocráticas atuam como bloqueio para o processo de auto desenvolvimento dos indivíduos e das organizações. Ao intervir em organização, podem-se estabelecer parâmetros e critérios extraídos em leitura dos símbolos que possibilitam compreender, de maneira abrangente, o sistema de comunicação organizacional.

À medida que os papeis profissionais foram classificados os trabalhadores, torna-se mais compromissado com o trabalho, com o grupo a quem pertence e com a organização, desmistificando a idéia de facilitação das relações humanas, ou seja, que a democracia nas decisões passa leva a queda da produtividade.

As empresas, portanto, devem evitar esquemas-prontos, que divergem da cultura vigente. Devem, portanto adotar uma forma com que sejam explorados os conhecimentos dos seus membros a partir de suas experiências vividas, o autodiagnóstico, proporcionando a aprendizagem em “duplo–ciclo”, o que agrega benefícios ao funcionário e à empresa num movimento de auto-regulação. E para que isso seja mais eficiente, é importante a troca de informações avaliativas (feedback) ente seus parceiros e entre os níveis hierárquicos da empresa, levando a uma melhor adequação do trabalhador ao seu contexto Organizacional.

“O ensino de Humanidades da formação do administrador frente os movimentos de integração internacional: Uma proposta de mudança curricular.”



CUNHA e GOMES (2009) destacam neste artigo a importância da formação de bacharéis em administração com uma perspectiva voltada ao conhecimento humanístico, como um todo e não apenas com um foco na matéria especifica em formação.
O profissional de administração tem um desafio constante que é manter o sucesso da sua organização, obter vantagem competitiva e atingir os objetivos organizacionais, para este processo necessita especializar-se continuamente, em cursos de especialização, pós-graduação, mestrado entre outros.

Os autores criticam a questão da grade curricular, em particular, a formação do currículo - no campo das ciências sociais - para a formação de um administrador. Pois, o curso de Administração forma pessoas capazes de gerir e atuar em diversas áreas, sendo assim, existe a necessidade real de ter uma gama de disciplinas para potencializar a grade curricular.

Desta forma, os cursos que inseriram as ciências humanas e sociais, que são responsáveis pela formação em humanidades, criam no aluno um novo ponto de vista, preparado para ser um profissional com visão ampla e objetivos mais humanizados.

Um novo currículo focado em bases humanistas objetiva reestruturar o currículo atual, que está estruturado em quatro anos, sendo que o primeiro semestre é pouco sistematizado e reduzido, possuindo um ciclo básico. Os três anos e meios seguintes estão reservados ao ciclo profissional, no qual são apresentadas áreas tradicionais: Administração e RH, Mercadológica, Financeira, Produção etc. Além das disciplinas práticas: direito, contabilidade, matemática e estatística e disciplinas optativas exclusivamente tópicas.

Desta forma, os autores concluem que o novo administrador, enquanto cientista social e intelectual desenvolve suas potencialidades como um profissional capaz de compreender o seu papel na construção democrática e participativa, dando construções relevantes no mercado de trabalho e se comportando como agente de mudança para o novo caminho do gestor em administração.


Bibliografia:

CUNHA, Alexandre Mendes e GOMES, Alex Sandro da Silva. O ensino de humanidades da formação do administrador frente os movimentos de integração internacional: Uma proposta de mudança curricular para a FACE-UFMG.
Disponível em: http://www.angrad.org.br/...ensinodehumanidades...administrador/download/acessoem24dejaneiro2009.

sábado, 29 de maio de 2010

Emoção nas organizações II



Entrevista com o Administrador, Especialista em Logística, MBA em Finanças e Consultor de Negócios da ECT/Ba, Luiz Cláudio R. Machado. Tema: O comportamento humano nas organizações.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Emoção nas organizações.



Entrevista feita em 28 de abril com a administradora Luciene Santana sobre a "Emoção nas organizações."

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Indivíduo e a Organização – Visão Clássica e Humanística



O contraste entre a teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas criou uma situação difícil na administração, pois a primeira visava à racionalização e o controle da produtividade e a segunda levava em consideração as necessidades humanas.

A abordagem clássica da administração cobre duas áreas distintas: a operacional, de Taylor, com ênfase nas tarefas e a administrativa, de Fayol, com ênfase na estrutura organizacional. O objetivo das duas correntes é o mesmo: maior produtividade do trabalho, maior eficiência do trabalhador e da empresa. Assim os resultados desejados podiam ser alcançados. Portanto, a racionalização e o controle das estruturas e dos processos produtivos era o objetivo do movimento clássico da administração.

O que havia de especial em Ford era a sua visão, seu reconhecimento explícito de que produção de massa significava consumo de massa, um novo sistema de reprodução da força de trabalho, uma nova política de controle e gerência de trabalho, uma nova estética e uma nova psicologia, um novo tipo de sociedade democrática, racionalizada, modernista.

O modelo clássico tinha uma abordagem rígida e mecanicista que considerava o homem, como um complemento da máquina ou como mero ocupante de um cargo dentro de uma hierarquia estritamente centralizada e que precisava de um incentivo monetário, para produzir cada vez mais- homem econômico.

Já no Movimento Humanista, traz o indivíduo como “homo socialis”. São levadas em consideração as necessidades humanas como segurança, afeto, prestígio e auto- realização. A abordagem humanística deu ênfase ao homem e ao clima psicológico do trabalho, não deixando de lado a importância dos fatores técnicos e econômicos.

Tanto clássicos como humanistas, consideram o ser humano um ser passivo, que reage de forma padronizada aos estímulos aos quais eles são submetidos na organização. Os clássicos consideravam apenas os fatores econômicos e os Humanistas revelaram a importância dos fatores afetivos e sociais, além dos econômicos, mas mantiveram o mesmo tipo de análise do processo de constituição das diferentes identidades dos indivíduos nas suas relações com o trabalho, que deve m levar em consideração que o pensamento linear e seqüencial pertence ao passado.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Análise do filme: O TERMINAL



O objetivo deste texto é fazer a análise do filme O Terminal, que tem no papel principal Viktor Navorski um cidadão da Europa, que viaja para Nova York justamente quando seu país sofre um golpe de estado, o que faz com que seu passaporte seja invalidado. Ao chegar ao aeroporto, Viktor não consegue autorização para entrar nos Estados Unidos. Sem poder retornar à sua terra natal, já que as fronteiras foram fechadas , Viktor passa a improvisar sua vida no próprio aeroporto.

Como o ser humano vive sempre em comunicação, Victor Navroski necessitava adaptar-se a sua nova vida mesmo tendo dificuldade em comunicar-se e pelas cenas vividas pelo personagem associamos a linguagem e comunicação, diante de várias situações:

No início do filme quando passeamos por várias letras nas informações aéreas, placas com palavras e números, os atendentes do terminal usaram várias formas de comunicação: fala, a escrita e sinais sonoros.

E quanto à dificuldade da comunicação ocorreu quando o mesmo se deparou em frente a atendente quando esta não fez a liberação da sua entrada, aplicando um carimbo vermelho que significava negativa de entrada no país e posteriormente com o diretor do terminal , ambos falavam línguas (códigos) diferentes, causando um obstáculo lingüístico a comunicação.

Fica evidente a presença dos componentes da comunicação com o emissor, quando ele tentava se comunicar e não conseguia, e também dos receptores que não conseguiam compreender a sua mensagem, que era entender a situação na qual ele não poderia sair do terminal e tampouco entrar na cidade. Os canais que ele utilizou foram vários, sinais, voz, ouvido, códigos, leitura, principalmente no momento em que utiliza o livro como comparativo de língua. E o referente foi a situação que o mesmo estava passando.

Utilizando o filme “O Terminal” como parâmetro, é possível estabelecer uma relação entre as situações enfrentadas por Victor e o processo de comunicação. A falta de domínio do mesmo código pelos interlocutores impossibilitou, em primeira instância, o uso da linguagem verbal. Entretanto, o uso da linguagem não-verbal, que nesta situação mostrou-se efetiva no processo, possibilitou a transmissão da mensagem. De tal maneira é possível observar que a capacidade de se comunicar é algo inerente ao homem e que mesmo sem o domínio da palavra, o ser humano utiliza de variados tipos de linguagem para viabilizar a comunicação. Em suma, nenhum ser humano se mantém incomunicável.